sábado, 27 de março de 2010

As ervas daninhas!

Como engravidei logo após minha formatura e passei muito mal, não exerci minha profissão. Aí veio minha filha... acabei me envolvendo com a criação dela, deixando assim minha profissão de lado. O tempo foi passando, minha filha crescendo, volta e meia ajudava meu esposo nos negócios. Construímos nossa casa, adquirimos um bom patrimônio e mudamos para a casa nova cheia de entusiasmo quando minha filha estava com mais ou menos seis anos de idade. Em uma manhã destas que a gente desperta mas que podíamos pular para o próximo dia... completava um mês que tínhamos mudado, estava passeando no jardim, uma parte do jardim era gramado existia uma passarela a qual ficava num nível mais alto que a grama, a grama estava muito bonita, mais existiam umas ervas daninhas, então de cima da passarela tentei arrancá-las, como minha perna era dura, não conseguia abaixar direito, aí de repente me desequilibrei e levei uma queda feia. Tentei levantar e não consegui, senti que tinha acontecido alguma coisa séria na minha perna. Chamaram meu esposo que junto com meu cunhado, me pegaram e colocaram na cama. Meu médico foi chamado, me examinou me medicou e pediu que observasse até o outro dia, pois podia não ser nada grave. Mas à proporção que o tempo foi passando a dor foi aumentado cada vez mais, era uma dor terrível... aí não teve jeito chamaram a ambulância e me levaram para o hospital. Ao fazerem o Raio-X, ficou confirmado a fratura, só quando colocaram uma tração na minha perna é que a dor passou. Uns três dias depois fizeram a cirurgia, a qual tiveram que colocar uma placa no fêmur. Acho que fiquei uns sete dias no hospital. Voltei para casa, levei uns sessenta dias para me recuperar. Graças a Deus tenho uma boa cicatrização, por isso a recuperação foi perfeita.
Mais uma vez lá estava eu enfrentando novamente um problema de saúde, mas com a alegria que sempre tive, sacudi a poeira e segui em frente.

Um abraço e até breve.

sábado, 20 de março de 2010

Um novo dia a dia...

Como disse no último texto, minha filha nasceu... linda e saudável. Era extremamente bom cuidar dela, mas logo senti que não poderia andar com ela no colo, era muito arriscado por causa dos joelhos que continuavam muito inchados, apenas quando estava sentada a segurava no colo, por isto andava com ela só no carrinho.
Seis meses depois precisei fazer uma cirurgia no meu joelho direito. Foi feito uma sinovectomia, ou seja, uma limpeza do joelho, fizeram à cirurgia e voltei para casa. Deveria ter começado a fisioterapia logo em seguida (informação que obtive muito tempo depois). Aí aconteceu o pior, a minha perna ficou dura, o joelho não dobrava, tive que aprender a conviver com isto, o que no inicio não foi nada fácil. Tinha que ter muita atenção quando andava, pois quando temos uma perna dura se não tivermos cuidado tropeçamos com a maior facilidade e aí a queda pode ser feia rs! O tempo foi passando e acabei me adaptando a nova forma de andar. Bem... este problema superei mas infelizmente virão outros que tornaram a exigir muito de mim.
Sempre acreditei, em reencarnação, por isso durante muito tempo fui uma espírita atuante, e ser espírita não é só pregar a doutrina, mas acima de tudo ser praticante e atuante. Hoje não sou uma espírita atuante, pois minhas condições físicas e de saúde não me permitem, nem mesmo ir ao Centro Espírita. Digamos então que sou Espiritualista. E o que é ser Espiritualista? É admitir a existência da alma e de uma forca superior, que é Deus. É a busca do progresso espiritual atuando dentro do campo vibratório do “Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Por isto encontro forças para encarar os problemas de frente, a minha fé e a minha vontade de viver sempre me fazem acreditar que vou vencer, e que amanhã será um novo dia.
Bem infelizmente, ou felizmente para a minha evolução e missão aqui na Terra, ainda terei que passar por muitas provações, aguardem-me.
Um abraço, e até breve.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Nasce minha filha

Como disse no texto anterior, comecei uma vida nova. Já casada minha vida mudou em todos os aspectos. Tive que assumir as responsabilidades de uma dona de casa. No princípio tudo correu bem, mas com o passar do tempo comecei a sentir que não podia fazer algumas tarefas da casa, principalmente aquelas que dependiam de minhas mãos, como lavar louças, roupas e etc. Tive então que colocar uma pessoa para me ajudar nas tarefas domésticas. Volta e meia quando fazia alguma extravagância, tinha uma crise, e assim aos poucos fui aprendendo a conviver com a artrite. Um ano após meu casamento, retomei meu curso na faculdade e comecei a trabalhar com meu esposo, pois ele era comerciante. O tempo passou, terminei a faculdade. Já estava completando cinco anos de casada, como a artrite estava controlada, decidi engravidar e procurei meu médico para saber as conseqüências reumáticas que poderia adquirir numa gravidez. O médico disse que era um risco que tinha que assumir poderia não sentir nada ou passar mal nove meses. Conversei com meu esposo e decidi pela gravidez, afinal já estava com 30 anos e estava mais que na hora de resolver se queria ter filhos. E aí aconteceu o pior senti dores os nove meses, os meus joelhos incharam tanto, que durante a gravidez fiz duas pulsões (retirada de líquido do joelho) e muita fisioterapia. À proporção que a barriga foi crescendo sentia o desconforto normal de uma gravidez, com pés inchados e outras coisas. Mas o pior de tudo era a terrível dor nos joelhos, principalmente durante a noite, juntava o desconforto da barriga que cada dia crescia mais, com as dores no corpo, tinha que agüentar, ser muito forte, afinal dentro de mim tinha um ser que precisava de toda minha energia e tranqüilidade para nascer com saúde. Não podia tomar medicamentos fortes como antiflamatórios e outros, para não afetar a criança, por isso tomava apenas analgésicos. Minha filha nasceu no dia 11 de junho, através de uma cesariana, apesar de ter entrado em trabalho de parto, e ter tudo para ter um parto normal. O que não foi possível por causa da inflamação nos joelhos. Para preservar meus joelhos tiveram que imobilizar minhas pernas com duas calhas de gesso. Graças a Deus minha filha nasceu saudável e linda.
Como podem ver mais uma vez tive que encontrar forças, muita força para enfrentar tudo isto. Mas a minha fé é inabalável, sabia da força que tinha dentro de mim, ergui a cabeça, superei os problemas, afinal tinha um pequenino ser que precisava de todo o meu amor e carinho e cuidados, minha filha querida.

Abraços, e até breve.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Como tudo começou... o pedido de casamento!

A partir de hoje começarei a contar para vocês um pouco da história da minha vida, para que assim possam entender os problemas de saúde que enfrento.
Como já disse tenho 55 anos, casada, professora de Geografia e tenho uma linda filha que hoje mora e trabalha em Belo horizonte, o que significa que além dos problemas que enfrento com minha saúde, ainda curto uma saudade muito grande da minha filha querida, saibam que a dor da saudade de uma mãe é terrível, dói não só o coração mas também a alma.
Há exatamente 32 anos atrás quando eu tinha 23 anos de idade e estava na melhor época da minha juventude, trabalhando e cursando a faculdade cheia de projetos e sonhos para realizar, comecei a ter os meus primeiros problemas de saúde. Devido a uma forte insolação a qual tive queimaduras de primeiro e segundo grau e logo em seguida tive uma grave infecção pulmonar o com o nome de pleurite (acúmulo de água na pleura). Para tratar tive que tomar remédios muito fortes, me levando a ter uma terrível alergia, que afetou todo o meu corpo, depois de longo tratamento melhorei Retornei ao trabalho e a faculdade... cheia de vontade e feliz por ter recuperado minha saúde. Mas aos poucos comecei sentir pequenas dores nos tornozelos, joelhos, mãos e cotovelos, o que com o passar do tempo foram aumentado cada vez mais. Após consultar muitos médicos, foi diagnosticado como artrite reumatóide. Fiquei muito mal, tive que trancar o curso da faculdade e parar de trabalhar, pois fiquei com braços, mãos e joelhos muito inchados a ponto de ter dificuldade para andar, sentar, levantar e às vezes até para comer, sem contar que as dores eram terrivelmente fortes, o que se fazia necessário o uso de medicamentos para dor o tempo todo. Depois de muito tratamento consegui estabilizar o problema. Curar era impossível, pois artrite reumatóide não tem cura, se consegue apenas controlá-la com muita fisioterapia e antiflamatórios. O meu atual esposo na época era meu namorado, o qual esteve ao meu lado durante todo o tempo... E aí como estava relativamente bem com a doença controlada, recebi um pedido de casamento, resisti em aceitar, mas depois de muita conversa acabei cedendo, logo ficamos noivos. No dia primeiro de setembro de 1979, exatamente às 20 horas nos casamos. Foi um lindo casamento, entrei na igreja cheia de novos sonhos, pois parte dos sonhos anteriores tinha ficado para trás, como toda noiva achava que a vida iria ser maravilhosa jamais imaginava que minha saúde iria complicar ainda mais.
Por hoje é só, mas antes de encerrar quero dizer-lhes que apesar de todos os problemas que enfrentei e enfrento, sempre fui uma pessoa alegre e feliz procurando sempre viver em conformidade com a vontade de Deus, este “Ser Maravilhoso” que sempre está ao meu lado, orientando os meus passos e me fazendo acreditar que amanhã será um dia melhor, e que a ESPERANÇA deve estar sempre viva dentro de nós.
Aguardem-me, logo continuarei a relatar as dificuldades que enfrentei na nova vida de casada.
Abraços, e até breve.

sábado, 13 de março de 2010

Compartilhando experiências...

Antes de começar contar a história da minha vida, gostaria de compartilhar com vocês uma experiência que tive nesta semana.
Sou uma pessoa que tem sérias seqüelas de uma artrite reumática, a qual convivo desde meus 23 anos de idade, detalhes que contarei depois. Por isto tenho a perna direita dura ou seja não dobra o joelho, e há quatro anos convivo com uma séria infecção no joelho esquerdo, o qual tinha uma prótese e teve que ser retirada, também causada por uma infecção. Com tudo isto para andar a minha perna tem que ser imobilizada com um imobilizador especial, o que significa que fico com as duas pernas duras, o que não é nada fácil.
Nesta semana tive que ir a Belo Horizonte fazer uma perícia médica, para minha aposentadoria por invalidez. Resolvi viajar de avião, para evitar os transtornos de uma viagem de carro, o que levaria no mínimo seis horas. Apesar da companhia aérea garantir ter um atendimento adequado aos portadores de deficiência física, no meu caso uma cadeirante, pois antes de comprar a passagem me informei com a empresa para não ter de passar por nenhum constrangimento, mas na verdade foi extremamente complicado até ser colocada dentro do avião. Primeiro foi na hora de fazer o check-in, quando viram que minhas pernas não dobravam começaram colocar empecilhos, questionando como eu iria ficar acomodada dentro do avião, já que o espaço entre as cadeiras é bastante pequeno, o que realmente é verdade pois uma pessoa de um metro e noventa de altura teria sérias dificuldade em acomodar suas pernas. Depois de muita conversa, resolveram chamar o comandante da aeronave para resolver o que para eles era um problema, o que aconteceu rapidamente, decidiu-se por deitar o encosto da cadeira da frente para que pudesse colocar as minhas pernas. Mas só foi possível porque o vôo estava com poucos passageiros. Pergunto, e se estivesse lotado? Certamente teria que esperar até aparecer um vôo com poucos passageiros?! Absurdo não é mesmo? E se não surgisse esse vôo perderia a viagem? E a perícia como ficaria, seria no outro dia as sete e vinte da manhã. Depois foi na hora de entrar no avião, para começar, o aeroporto de Montes Claros não possui “Fingers” (túneis de acesso que levam o passageiro do gate até a aeronave) como era um avião de porte pequeno, com escada para subir, fui colocada numa pequena cadeira com cinto de segurança e dois funcionários me levaram até dentro do avião. Ainda bem que fizeram isto antes dos outros passageiros; pois é uma situação bastante constrangedora. Mas pelo menos para compensar tudo isto, os funcionários que me ajudaram e os comissários de bordo foram muito atenciosos... mais triste em tudo isto é saber que apesar de todo o progresso e evolução que existe, os portadores de deficiência são deixados em segundo plano. Ainda bem que com todo o trabalho da mídia, muitas pessoas e empresas estão tomando consciência dos problemas que enfrentamos.
Mas bem, na verdade tudo valeu a pena. Fiquei hospedada no Hotel Quality, e aí sim tive um excelente atendimento, inclusive com uma suíte e banheiro todo adaptado para portadores de deficiência física, o qual indico a quem precisar. E o melhor de tudo isso é que consegui minha aposentadoria. Ufa, que alívio.
Para encerrar aproveito para agradecer minha filha querida, pela assistência e todo carinho que teve comigo, durante todo o tempo que lá estive. Te amo muito linda.
Um abraço a todos, e até breve.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Iniciando...

Hoje é meu primeiro dia no blog, sendo assim deixo aqui um pouco do meu perfil.

Tenho 55 anos, sou professora e estou há quatro anos de licença médica por motivos que depois explicarei, gosto de ler bons livros tipos espiritualistas, auto ajuda, romances e outros desde que possam acrescentar algo de bom para minha vida... a qual não é nada fácil. E um dos objetivos deste blog é exatamente passar para as pessoas um pouco da minha experiência de vida.

Um abraço a todos, até breve.
Iara...