terça-feira, 13 de abril de 2010

A esperança não pode morrer

Um tempo depois quando já tinha me recuperado totalmente da cirurgia do fêmur, fazendo planos e projetos para minha vida... comecei a notar que o local onde tinha sido colocado o parafuso da haste, próximo ao joelho, estava ficando avermelhado. Aos poucos foi piorando até que criou um grande abscesso, acabei tendo de me internar novamente, para retirar o parafuso, pois era muito perigoso infectar a prótese do joelho. Nesse meio tempo da minha recuperação, fiz um concurso para professor do estado, e para minha sorte passei. Exatamente no dia 08 de fevereiro de 2006 tomei posse do meu cargo de professora de Geografia. Comecei a lecionar muito feliz, pois era um sonho que não realizei quando mais jovem e agora no auge dos meus 50 anos estava realizando. Lecionava para o Ensino Médio, todos os meus alunos eram jovens acima de 15 anos. Apesar da rebeldia de alguns, coisa natural da idade, gostava muito de minhas turmas. Com pouco tempo de trabalho, comecei a sentir dor no joelho da prótese, achava que era porque ficava muito tempo em pé, mas não, estava enganada quanto a isto. Logo em seguida começaram aparecer abscessos no joelho, os quais eram preciso fazer curativos ás vezes até duas ou mais vezes ao dia, sem contar que doía muito. Chegou num ponto que tive de tirar licença do trabalho. Depois de procurar o médico, ficou constatado que a prótese do joelho tinha sido infectada, só tinha uma solução, retirar a prótese. Fui a Belo Horizonte ver a possibilidade de fazer a cirurgia de retirada da prótese. Por motivos que não vem ao caso no momento, não podia fazer a cirurgia pelo convênio do estado, o Ipsemg. Aí tive que fazer em um hospital que não era conveniado pelo estado. O médico que me indicaram segundo informações era excelente especialista em prótese. Depois de muitas e idas e vindas a Belo Horizonte para fazer avaliações e exames, marquei a cirurgia. No dia da cirurgia, quando já estava no bloco cirúrgico, notei que não era o médico com quem tinha combinado a cirurgia e sim um assistente dele que iria me operar, mas tudo bem deveria saber o que estavam fazendo. A cirurgia foi realizada, retiraram a prótese e no lugar colocaram uma espécie de cimento para que a perna não ficasse solta. Graças a Deus correu tudo bem. Com dois dias colocaram uma calha de gesso na minha perna, e me deram alta. Saí do hospital, passei em uma loja de produtos ortopédicos, comprei uma cadeira de rodas adaptada com suporte para colocar minha perna que tinha ficado dura, afinal não ia poder andar tão cedo e voltei para casa para esperar minha recuperação.
A partir deste momento comecei a sentir que minhas forças estavam diminuindo, apesar de toda minha fé tinha passado por tantas coisas, que ás vezes achava que ia desabar. Aí me lembrava de uma frase que dizia “Mente alegre é o melhor remédio para promover a saúde”, fazia uma oração, pedia forças a Deus, levantava a cabeça para seguir em frente... afinal minha ESPERANÇA não podia morrer.
Um abraço e até breve.

Um comentário:

  1. História emocionante a sua Iara... Vc é uma pessoa muito iluminada... DEus abençoe... Adorei seu blog... BjOs:*

    ResponderExcluir