quinta-feira, 1 de abril de 2010

Uma nova companhia: a bengala!

Depois que recuperei da fratura no fêmur, minha vida voltou à rotina de sempre. Dava assistência minha filha que estava começando o ensino fundamental, eu apenas a orientava, pois ela adorava estudar e sempre foi muito inteligente, extremamente organizada e dedicada aos estudos. O tempo foi passando devagar como sempre, pois minha vida era bastante parada. Meu esposo nunca gostou de lugares muito movimentados, uma vez ou outra, íamos a um restaurante ou clube no final de semana. Volta e meia sentia dor no joelho esquerdo, a perna que era boa (boa em parte rs!), pois como disse antes, ele continuava inflamado por causa da artrite, fazia acompanhamento médico de noventa em noventa dias, as vezes até menos, pois a artrite ás vezes atacava meus braços e mãos, e aí... lá ia eu para a fisioterapia, só assim para aliviar as dores que incomodavam muito. Quando minha filha estava com uns dez anos, o joelho esquerdo piorou muito, meu médico pediu que procurasse um ortopedista em Belo Horizonte, especialista em joelho e prótese. Fui à capital consultei o médico, e depois de vários exames, foi confirmada a necessidade de colocar de colocar uma prótese no joelho, para que após a cirurgia o joelho pudesse dobrar. Voltei para minha cidade e organizei tudo para a cirurgia, que seria num hospital em Belo Horizonte, o mesmo médico com quem consultei iria fazer a cirurgia era um especialista muito bem conceituado em prótese de joelho. Marquei a cirurgia, fui para a capital acompanhada de minha mãe, durante a cirurgia tudo transcorreu bem, saí do bloco cirúrgico pode se dizer com um joelho novo, fiquei no hospital apenas uns quatro dias, comecei fazer fisioterapia no primeiro dia após a cirurgia. Voltei para casa onde dei continuidade a fisioterapia. Um mês depois voltei a capital para fazer a revisão da cirurgia, o médico chegou a conclusão que o joelho estava dobrando pouco. Aí tive que ficar internada novamente, me aplicaram a uma anestesia geral para forçar o meu joelho e dobrá-lo, e logo após me levaram para o quarto e colocaram uma máquina dobrando o meu joelho durante todo o tempo, só era desligada lá pelas 22 horas, no outro dia 07 horas da manhã começava tudo de novo, isso durou três dias. Desta vez viajei sozinha, fiquei hospedada na casa de minha prima, uma pessoa muito especial para mim. Durante o período que lá fiquei me dedicou uma atenção especial, mais uma vez a agradeço por isso e por muitas outras coisas, que ainda continua fazendo por mim. Quando terminei o tratamento voltei para casa, fiz fisioterapia durante um tempo e daí em diante passei a usar uma bengala, para me dar mais segurança, evitar quedas e assim não comprometer a prótese.
Para algumas pessoas ter que usar uma bengala seria o fim do mundo, mas para mim... não. Aceitei numa boa, afinal era para o meu bem. Adaptei-me rapidamente, era até mais fácil andar com a bengala por causa da perna dura, me dava mais segurança. É claro que isso chamava atenção das pessoas, mas isto nunca me incomodava, sempre encarei minha condição de deficiente física e conhecedora dos direitos dos portadores de deficiência física nunca deixei que me discriminasse.

Um abraço e até breve.

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